O preço bruto do leite pago ao produtor em maio foi o maior dos últimos cinco anos no país. O aumento líquido do produto foi de 3,75%, um acréscimo de 3,3 centavos/litro, que passou para R$ 0, 9094. Os resultados consideram a série deflacionada pelo IPCA do centro de estudos avançados em economia aplicada (CEPEA/ESALQ/USP).

O preço bruto, que inclui o frete e 2,3% da Funrural, alcançou R$ 0, 9854 por litro na média ponderada pelo volume captado em abril nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA, o que representa reajuste de 3,5% sobre o mês anterior.

O aumento elevado no preço do produto se deve às condições de oferta e procura, além das condições climáticas. Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a baixa oferta de leite no campo, acirrou a disputa pelo produto entre as indústrias de laticínios. Já a chuva afetou principalmente a região Sul do país, por conta das chuvas esperadas para abril, mas que só vieram no final de maio, atrasando o preparo das pastagens de inverno, causando escassez de alimento ao gado.

Para os próximos meses, a expectativa das cooperativas de laticínios é de preços firmes ou mesmo em alta. O Estado que obteve o melhor preço pago ao produtor no mês de maio foi o estado de Goiás, com o produto cotado a R$ 1, 0351, alta de 1,5% em relação ao mês anterior.

Os estados de Minas Gerais e São Paulo aparecem logo em seguida na lista de estados que compõe a "Média Brasil", com R$ 1, 0069 e R$ 0, 9956, respectivamente.