Como é tradição no carnaval de Recife, os foliões foram às ruas se despedir do último frevo de 2013. A quarta-feira de cinzas não intimidou a multidão, que acompanhou a animação das orquestras dando espaço ao ritmo frenético dos'' frevistas'''.
Logo depois, no Marco Zero, localizado na praça Rio Branco, os carnavalescos puderam contar com shows no palco "Orquestrando", preparado para animar o público, contando com presenças como Caetano Veloso, Elba Ramalho e o ilustre cantor pernambucano Alceu Valença.
Por volta das 5h da manhã, o Maestro Spook convidou o público a um adeus para a festa mais aguardada do Brasil, que estava indo embora para voltar só no próximo ano. Uma minoria acompanhou a banda, dançando frevo, pulando pelas ruas e curtindo os fogos de artifício que anunciavam a chegada da quarta-feira de cinzas. A festa teve direito a serpentina, confetes e shows pirotécnicos preparados para levar o público à loucura até o último folião ir embora.
O estilo de dança e música surgiu por volta do século XIX e XX e contagiou o coração dos recifenses. Nascido a partir das marchinhas de carnaval, o frevo possui um estilo único de música unido à dança, que teve origem na capoeira.
Os passos desse ritmo são soltos e acrobáticos, soltando a ginga e o espírito do estado de Pernambuco. A palavra frevo vem é associada a ''ferver'', ou seja, ferver, agitar, dentre outros. Esse estilo tão diferente está dividido em três partes: O Frevo-de-rua, Frevo-Canção e Frevo-de-Bloco. A dança foi declarada pela Unesco, em 2007, um Patrimônio Oral e imaterial para a Humanidade, devido ao ato de se passar o estilo de geração para geração. Esse título foi atribuído graças a sua herança cultural para o Brasil e o Mundo.