Os servidores que tomam posse no serviço público federal do Poder Executivo, a partir desta segunda-feira (4), com remuneração acima do teto salarial do Regime Geral de Previdência Complementar Social (RGPS), de R$ 4.159, vão poder aderir à Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo, a Funpresp.

De acordo com as novas regras, o servidor irá continuar contribuindo com 11% do que recebe e, além disso, vai poder contribuir entre 7,5 e 8,5% do que passar deste valor. A União vai contribuir com a mesma proporção excedente, a fim de garantir que os novos servidores possam receber valores maiores que o teto da Previdência, ao se aposentarem. De acordo com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, a Funpresp vai contribuir com os investimentos do país, "a expectativa é de que com o passar do tempo, certamente, esse será o maior fundo de pensão da América Latina pelo número de servidores envolvidos nos próximos dez anos. E o fundo, certamente, cumprirá um papel importante no que diz respeito aos investimentos do país".

Entre as novidades do novo modelo de previdência, está a possibilidade de o servidor que desistir do Fundo, sacar o valor de contribuição correspondente, como explica o diretor-presidente da Funpresp, Ricardo Pena, "o regime de Previdência Complementar traz uma inovação. Ele permite ao servidor, que desistir da carreira pública, poder levar aquilo que ele contribuiu. Se ele quiser entrar numa outra empresa ou em outro ente público, ele vai poder levar aquilo que ele contribuiu dentro do Funpresp".

 A expectativa do Governo Federal é de que, até o final de 2013, 10 mil novos servidores tenham aderido à Funpresp-Exe, gerando entre 45 e 50 milhões de reais em contribuição, que deverão ser geridos pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal.