Na última terça-feira, 29 de janeiro, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a comercialização do álcool líquido com mais de 54 graus GL. De acordo com o gerente geral substituto de saneantes, Francisco Mansilha, a medida é para trazer segurança à população. "Ele é muito inflamável. Se espalhar no corpo e pegar fogo causa queimaduras graves. O álcool na forma em gel já não causa queimaduras graves, ele não se espalha". O gerente ainda declarou que o álcool comercializado é sempre uma mistura de álcool com água, nunca completamente puro. "O GL é uma medida dessa concentração. Então, quanto maior o grau, mais álcool tem na mistura", informa em entrevista à Agência do Rádio.
O gerente ainda explica que a determinação da Anvisa exige que o produto líquido, que estiver abaixo dessa graduação, tenha uma substância que o torne intragável para poder continuar sendo disponibilizado no mercado. "O benefício não foi só na parte de queimaduras, mas também na parte de ingestão. A norma obriga as empresas a colocar uma substância muito amarga no álcool para evitar que as pessoas bebam ou formulem produtos para beber. Às vezes, a pessoa que é dependente de álcool, quando não encontra uma bebida alcoólica, no desespero pega o próprio álcool e ingere".
Essa medida se restringe ao álcool na forma líquida - já o em gel, com mais de 54 GL, poderá ainda ser comercializado.