As Ilhas Malvinas se localizam a 500 quilômetros do litoral argentino, mas são administradas e ocupadas pela Grã Bretanha desde 1883, e este fato tem ocasionado conflitos entre os dois países desde então. Em 1982, eles entraram em guerra e a Argentina foi derrotada, porém isto não restou suficiente para colocar um ponto final na disputa pelo poder.
Desde 2012, a presidente argentina Cristina Kirchner decidiu reclamar novamente a soberania sobre a ilha. O governo argentino acusa o governo britânico de militarizar o Atlântico Sul com o envio, suspeito, de armamentos para a ilha. A Grã-Bretanha negou a militarização, afirmando ser esta apenas uma postura defensiva.
No dia que marcou os 30 anos do fim do conflito (02/04/2012), a presidente decidiu lançar seu apelo à ONU. Cristina pediu diálogo por parte dos britânicos, mas o premier britânico (na época), David Cameron, descartou qualquer tipo de negociação. Em resposta, houve um boicote às embarcações britânicas na Argentina.
O chanceler argentino, Héctor Timerman, rejeitou nesta quinta-feira (31) a proposta do chanceler britânico, William Hague, de realizar em Londres uma reunião trilateral com representantes do governo das Ilhas Malvinas, chamadas pelos britânicos de Falklands, que possui sua soberania disputada por ambos os países. Segundo o governo argentino, o conflito é uma questão apenas entre os dois países e a ideia de envolver o governo das Ilhas é uma maneira de manipular a decisão, pois, segundo os argentinos, os moradores das Malvinas se tratam de uma "população implantada" e, portanto, apoiará os ingleses.
Os quase 3.000 habitantes das ilhas votarão em referendo nos próximos dias 10 e 11 de março para se pronunciar se desejam continuar como um Território de Ultramar do Reino Unido.