Ontem (30) o diretor-geral da Agência Francesa de Segurança dos Medicamentos e Produtos de Saúde (ANSM), Dominique Maraninchi, afirmou que, em dois meses, serão retiradas do mercado as pílulas anticoncepcionais Diane 35 e seus genéricos.
Este anúncio é uma resposta às denúncias de que o uso da pílula estaria causando trombose (formação de coágulos sanguíneos), o que levou a morte de 4 pessoas nos últimos 27 anos.
A pílula anticoncepcional, que também é usada para o tratamento de acne, é fabricada pelo laboratório Bayer que enviou uma nota na qual afirma estar ciente das investigações e se colocando à disposição para trocar informações sobre o medicamento.
"A empresa não tem conhecimento de qualquer nova evidência científica que leve a uma mudança na avaliação positiva do risco-benefício do Diane-35. A Bayer vai colaborar com a ANSM para responder quaisquer questões que a autoridade francesa possa ter", destaca o texto.
No Brasil, a pílula também é vendida e sua comercialização não foi suspensa, no entanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que está acompanhando o caso para avaliar quais medidas devem ser tomadas. A Anvisa acrescenta que no Brasil a bula do medicamento já traz informações referentes ao risco de trombose arterial ou venosa com o uso da pílula.