Na noite desta quarta-feira (30), o Jornal Nacional exibiu uma reportagem, na qual o vendedor de uma loja de fogos de artifícios em Santa Maria (RS) afirma que a banda Gurizada Fandangueira adquiriu um tipo de artefato diferente do habitual - e que o mesmo era proibido para lugares fechados. Ainda, segundo a reportagem, o produtor foi avisado do risco desse material.
De acordo com o vendedor, a banda sempre utilizou o Sputnik, um tipo de foguete pirotécnico próprio para locais fechados, que produz um fogo frio e não causa riscos. No entanto, no dia da compra - sexta-feira (25), o produtor resolveu levar a chuva de prata para experimentar. O funcionário contou à reportagem, que alertou por diversas vezes que o produto não era apropriado.
O produtor afirmou que não tinha problema e que estava tudo seguro, pois ele havia feito curso para isso.
Foi oferecido a banda, um produto similar ao Sputnik, porém um pouco mais caro. Por esse motivo, o produtor não quis levar.
Nesta terça-feira (29), o delegado Marcelo Arigony, que está à frente do caso, afirmou que os músicos da banda utilizaram um sinalizador, inapropriado para ambientes indoor, por ser mais barato. A diferença de valores entre os fogos de artifícios é alta: para ambientes abertos, custa em média R$ 2,50 a unidade, enquanto para ambientes fechados, R$ 70.
Na madrugada de domingo (27), a boate Kiss, localizada no centro de Santa Maria (RS), foi incendiada, matando 234 jovens em uma festa universitária.
A banda Gurizada Fandangueira é conhecida por fazer pirotecnia em suas apresentações. Durante o show na casa noturna, o vocalista soltou um sinalizador e o mesmo acabou atingindo a espuma do forro de isolamento acústico, que pegou fogo.