Delegado da Polícia Civil de Santa Maria, Marcelo Arigony / Foto: Wilson Dias/ agencia brasil

O promotor criminal, Joel Oliveira Dutra, que integra a equipe das investigações sobre o incêndio na boate Kiss, no último domingo (27), não vê motivos para os acusados continuarem presos. Em entrevista ao G1, o promotor afirmou que o clamor público não justifica a prisão de ninguém.

Os sócios da casa noturna, Mauro Hoffmann e Elissandro Spohr, juntamente com dois músicos da banda Gurizada Fandangueira tiveram a prisão temporária decretada por cinco dias. O prazo se encerra na próxima sexta-feira (1). Está sendo analisada a necessidade de se prorrogar as prisões dos acusados.

O delegado da Polícia Civil, Marcelo Arigony, discorda da posição do representante do Ministério Público e defende a prorrogação. "Estamos com o prazo se esgotando e encontrando dificuldade na renovação dessas prisões. Pedimos isso com o objetivo que não se evadam, que as pessoas pudessem ser ouvidas, que cumpríssemos mandados de busca, que não influenciassem nos depoimentos de funcionários, amigos. Mas agora, na hora da renovação, já estamos encontrando dificuldades", disse em entrevista a rede Globo.

Mesmo achando a prisão indevida, o advogado de defesa de um dos empresários, Bruno Menezes, declara que não irá tomar nenhuma atitude precipitada, mesmo encontrando dificuldade em consultar os documentos do caso. Ele tem esperança que seu cliente seja liberado, pois está colaborando com o trabalho da polícia.

A prioridade no momento é a defesa na área criminal, a questão do bloqueio dos bens será discutido em outra oportunidade.

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