A presidente argentina, Cristina Kirchner, declarou nessa quinta-feira (28) que a onda de saques registrados no país na última semana foram uma tentativa de desestabilizar seu atual governo. Em discurso na Casa Rosada, sede do governo argentino, Cristina afirmou que tais atitudes "quiseram parodiar" as violentas jornadas de protestos que aconteceram nos dias 19 e 20 de dezembro de 2001, quando a Argentina passou por um período de crise política e econômica.
Na época, supermercados foram saqueados, e tal manifestação só teve fim, com a renúncia do então presidente Fernando de la Rúa (1999-2001). O governo liga os atos de vandalismo aos setores sindicais opositores à gestão de Cristina Kirchner. A presidente argentina ainda afirma que eles têm essas práticas, por não poder conciliar com votos. No último ano a presidente alcançou sua reeleição para outro período de quatro anos de governo.
Os saques registrados nos comércios das cidades de Bariloche, Rosário, Governador Gálvez, Zárate e Resistência deixaram quatro mortos, além de dezenas de feridos e cerca de 600 pessoas detidas.