O líder dos protestos contra o governo da Tailândia, Suthep Thaugsuban, pediu hoje (22) que oposicionistas ao atual regime não respeitem o estado de emergência declarado pelo governo interino na capital, Bangcoc, e nos arredores, e mantenham as manifestações que têm ocorrido no país e que se intensificaram no último mês. O governo da Tailândia decretou ontem (21) estado de emergência por 60 dias com o objetivo de conter o aumento da violência em manifestações contrárias ao governo. O país vai realizareleições gerais no dia 2 de fevereiro. "Há alguma emergência neste país? Temos nos manifestado há três meses, por que declarar o estado de emergência agora?", questionou Suthep. O estado de emergência permite que as forças de segurança do país detenham suspeitos sem processo de acusação, decretem toque de recolher obrigatório, dissolvam reuniões públicas de mais de cinco pessoas e censurem os veículos de comunicação. Mais de 500 pessoas ficaram feridas e pelo menos nove morreram desde que os protestos no país se intensificaram. Nesse contexto, manifestantes ocuparam vários ministérios, o que resultou em confrontos com a polícia, que usou balas de borracha, gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar os protestos. Vários países chegaram a expressar preocupação em relação à crise política na Tailândia e pediram que a questão seja solucionada de forma democrática e por meios constitucionais. O principal gatilho para a crise no país foi o embate entre governo e oposição, que quer a demissão da primeira-ministra Yingluck Shinawatra, acusada de corrupção e de ser uma executante das ordens do irmão, o ex-premiê-ministro Thaksin Shinawatra, deposto por golpe militar em 2006. Com a crise, foram convocadas eleições gerais.
Fonte: Agência Brasil
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