As autoridades de São Cristóvão e Neves investigam as causas de dois incêndios que destruiriam o edifício-sede da Embaixada da Venezuela em Basseterre (a capital) e causaram danos materiais nos escritórios da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Os incêndios foram atribuídos por Denzil Douglas, primeiro-ministro do país - composto por duas ilhas, nas Caraíbas -, a "um ataque com motivo político". Eles ocorreram domingo (5), deixando a sede diplomática venezuelana reduzida a escombros e causando danos menores nos escritórios da OEA.
"Há os que, neste país, têm como objetivo principal vencer, definem vencer sem se importar com o impacto na (.) nação", disse Denzil Dougas em mensagem divulgada nessa segunda-feira pela televisão.
O primeiro-ministro informou que os incêndios ocorreram depois de uma manifestação convocada por simpatizantes do Partido Unidade, de oposição, que acusou o uso de "táticas políticas extremas" para criar instabilidade no governo.
O líder parlamentar de oposição, Mark Brantler, condenou os atentados e pediu à população para cooperar com a polícia, destacando que são "especialmente horrendos" quaisquer ataques contra funcionários ou propriedades de países estrangeiros. Ele disse que transmitiu às autoridades venezuelanas e à OEA "seu pesar e repulsa" pelos atentados.
Segundo o inspetor da Polícia de São Cristóvão e Neves, Lyndon David, dois indivíduos foram detidos por suspeita de envolvimento nos incêndios, mas não foi possível reunir provas suficientes para avançar com a acusação.
A imprensa venezuelana informa que desde dezembro último São Cristóvão e Neves têm vivido momentos de tensão política, depois de Mark Brantler ter apresentado moção contra a convocação de eleições gerais antecipadas.
Fonte: Agência Brasil