Com 20 dias de atraso, o Banco Central da Venezuela (BCV) divulgou ontem a taxa de inflação em novembro e dezembro. Já sob impacto das medidas econômicas de congelamento de preços do presidente Nicolás Maduro, que definiu, por decreto, o que deveria ser cobrado por peças de vestuário e eletrodomésticos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) desacelerou para 4,8%, em novembro, e para 2,2%, em dezembro, depois de uma alta de 5,1%, em outubro.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro / Foto: ReproduçãoPoucas horas depois do anúncio oficial, em pronunciamento no qual fez um balanço de 2013, Maduro disse que a alta dos preços em 2013 ficou em 56,2%, número similar ao calculado por economistas independentes. "Essa inflação incomum de 56% foi provocada pela especulação do capitalismo parasitário", afirmou Maduro.
Economistas são céticos em relação à eficácia das reformas econômicas e às previsões do governo. "A desaceleração de dezembro é temporária", avalia Francisco Rodriguez, economista-chefe do Bank of America para a região dos Andes. O país enfrenta uma grave escassez de alimentos e produtos básicos, que levou o governo de Maduro a aumentar a intervenção na economia.
Fonte: Agência Estado