3.751. Esse é o número de crianças e adolescentes que estão disponíveis para a adoção no Brasil. Em contrapartida, existem 33.046 pessoas que querem adotar. Esses números expressam uma conta que não fecha: existem mais pretendentes que crianças e adolescentes aptas para adoção.
O Dia Nacional da Adoção, celebrado nesta quarta-feira (25), expõe os entraves sobre o tema. Um deles, por exemplo, é o porquê a fila de quem espera por uma família não acaba se há mais pretendes que crianças. A possível justificativa para isso é o perfil estabelecido por quem quer adotar.
Nessa direção, os dados que o Conselho Nacional de Justiça mostram (CNJ) que 279 crianças disponíveis para adoção têm até dois anos. Mais de 2,6 mil têm oito anos ou mais e adolescentes com mais de 16 anos tem 742.
Em relação à etnia, o CNJ mostra que 54,1% dos que aguardam por uma família são pardos, 27,3% são brancos, 16,8% são pretos e 0,8% não tiveram a etnia informada. A pesquisa ainda aponta que 17,6% do total enfrentam problemas de saúde e 17,4% possuem algum tipo de deficiência.
Outro fator supostamente decisivo é o fato de mais da metade das crianças e adolescentes terem irmãos.
No Brasil, o ranking dos Estados que lideram com mais crianças e adolescentes para serem adotadas tem São Paulo que lidera com 768 crianças disponíveis, seguido por Minas Gerais (525), Rio Grande do Sul (470), Paraná (389) e Rio de Janeiro (222).
De acordo com a advogada Alessandra Del Bianco, em entrevista ao programa Pop Mania, quem pode adotar são pessoas maiores de 18 anos, o adotante precisa ter diferença de 16 anos do adotado e a pessoa não precisa ser casada. Ela explica que tem alguns passos para adotar uma criança: consultar a Assistência Social, passar por entrevista e também por psicólogo. Del Bianco acrescenta ainda que é necessário oferecer uma boa estrutura e lar para a criança ou adolescente a ser adotado.
Confira a entrevista:
Foto: Reprodução