O basquete brasileiro perdeu um de seus maiores ídolos. Wlamir Marques, conhecido como “Diabo Loiro”, faleceu nesta terça-feira, 18, aos 87 anos. O ex-jogador, que brilhou com a camisa da seleção brasileira e de clubes como Corinthians e XV de Piracicaba, estava internado no Hospital Santa Maggiore, em São Paulo. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Wlamir foi peça fundamental na “geração de ouro” do basquete nacional. Com a seleção brasileira, conquistou dois títulos mundiais, em 1959, no Chile, e em 1963, no Rio de Janeiro. Além disso, ajudou o Brasil a faturar duas medalhas de bronze nos Jogos Olímpicos de Roma 1960 e Tóquio 1964. Em torneios continentais, acumulou conquistas no Pan-Americano e no Sul-Americano.
No cenário nacional, sua trajetória pelo Corinthians ficou marcada por uma década de glórias entre 1962 e 1972. Pelo clube paulista, faturou títulos estaduais, nacionais e sul-americanos. Uma das atuações mais memoráveis do “Diabo Loiro” foi contra o Real Madrid, em 1965, quando marcou 51 pontos na vitória alvinegra, mesmo jogando gripado e com um dos olhos parcialmente fechado devido a uma reação alérgica.
Seu legado foi eternizado de diversas formas. Em 2016, o ginásio poliesportivo do Parque São Jorge foi batizado com seu nome. Em 2018, o Corinthians aposentou a camisa 5 em sua homenagem. E, em 2023, Wlamir entrou para o Hall da Fama da FIBA, reconhecimento máximo a sua grandiosa carreira.
Após encerrar a trajetória como jogador, Wlamir Marques seguiu contribuindo para o basquete como técnico e comentarista esportivo. Também lecionou na Faculdade de Santo André (FEFISA), transmitindo seus conhecimentos para novas gerações.
